

Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa. No filme O Pai Tirano (1941), Villaret faz uma breve aparição como pedinte mudo.

Seguem-se Frei Luis de Sousa (1950) e O Primo Basílio (1959). No cinema, trabalhou ainda com Leitão de Barros em filmes como Inês de Castro (1944) e Camões (1946).
Deixou no mundo do Teatro e da Poesia um vazio que jamais voltou a ser preenchido. Aquela voz que para sempre deixou de dizer poesia, com interpretações de obras de tantos e tão grandes poetas como Camões, Pessoa e Régio, será seguramente recordada como um dos maiores talentos portugueses que continuará a orgulhar gerações vindouras.
Os versos finamente medidos de Camões surgem na interpretação de Villaret rigorosamente clássicos, os de Régio com toda a teatralidade e emoção de um místico para quem Deus simbolizava uma meta a atingir a todo o custo, e os de Pessoa com a alma e transcendência que o poeta lhes imprime.
E isto sem esquecer a simplicidade quase infantil dessa obra-prima que é a "Procissão", de António Lopes Ribeiro, recreada por esse mestre da palavra e declamação que foi João Villaret, ou Fado Falado, onde se afirmava: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
João Villaret, morre em Lisboa aos 48 anos, no dia 21 de Janeiro de 1961.
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