terça-feira, 7 de agosto de 2007

Rua Amilcar Cabral


Amílcar Cabral nasceu em Bafatá, Guiné-Bissau, aos 12 de Setembro de 1924, filho de Juvenal Lopes Cabral e de Dona Iva Pinhel Évora. Aos 8 anos de idade, sua família mudou-se para Cabo Verde. Mindelo (ilha de São Vicente) passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o curso liceal em 1943. No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Praia, na ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional, mas só por um ano, pois tendo conseguido uma bolsa de estudos, no ano de 1945 ingressou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Após graduar-se em 1950, trabalhou por 2 anos na Estação Agronómica de Santarém.
Contratado pelos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952. Suas atividades políticas reservam-lhe a antipatia do Governador da colônia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola. Nesse país, une-se ao MPLA. Em 1959, Amílcar Cabral, juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, funda o partido clandestino PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e do Cabo Verde. Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacri, capital da República de Guiné-Cronacri. Em 23 de janeiro de 1963 tem início a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau, a partir de bases na Guiné-Conacri.
Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, é recebido pelo Papa Paulo VI em audiência privada. Em 21 de novembro do mesmo ano, o Governador português da Guiné-Bissau determina o início da operação "Mar Verde", com a finalidade de capturar ou mesmo eliminar os líderes do PAIGC, então aquartelados em Conacri. A operação não teve sucesso.
Em 20 de janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conacri, por dois membros guineenses de seu próprio partido. Amílcar Cabral profetizara seu fim, ao afirmar: "Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios." Aristides Pereira, substituiu-o na chefia do PAIGC.

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