terça-feira, 7 de agosto de 2007

Rua Alexandre Herculano


Alexandre Herculano de Carvalho Araújo
(Alexandre Herculano)
Natural de Lisbosa, nasceu a 28 de Março de 1810, no seio
de uma família da classe média. O pai, Teodoro Cândido de Araújo, era recebedor da Junta dos Juros. A mãe chamava-se Maria do Carmo de S. Boaventura.
Tal como Almeida Garrett e outros jovens exilados alistou-se no exército liberal que, no início de 1832, se dirigiu aos Açores e depois ao Porto. Participou no cerco da cidade e destacou-se em várias missões de reconhecimento na região minhota. Nesta cidade, foi nomeado em 22 de Fevereiro de 1833 para coadjuvar o director da Biblioteca Pública, organizada a partir do acervo da livraria do bispo.
Exerceu o cargo até Setembro de 1836, quando pediu a exoneração, por discordar do juramento de fidelidade à Constituição de 1822, que lhe era exigido. Na carta de demissão declara-se fiel à Carta Constitucional.
Torna-se redactor principal de O Panorama , editado pela Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, que era então o principal instrumento de divulgação da estética romântica, em Portugal. Foi aí que publicou vários dos seus estudos de natureza histórica e muitas das suas obras literárias, mais tarde editadas em livro: A Abóbada , Mestre Gil , O Pároco de Aldeia , O Bobo e O Monge de Cister.
Ainda nesse ano de 1837 assumiu a responsabilidade da redacção do Diário do Governo , que nesse tempo era apenas um jornal de suporte ao partido no poder. No entanto, pouco tempo depois abandonou o lugar. No ano seguinte publicou A Harpa do Crente .
Em 1839 foi nomeado, por iniciativa do rei D. Fernando, para dirigir a Real Biblioteca da Ajuda e das Necessidades, tendo conservado esse cargo quase até ao fim da vida. Em 1866 casou e, pouco depois, retirou-se para a sua quinta de Vale de Lobos, próximo de Santarém. Aí permaneceu até ao fim da vida, ocupado com os seus escritos literários e as lides agrícolas.
Foi também na Quinta de val de Lobos em Santarém que morreu, a 13 de Setembro de 1877. (Nota: É uma vergonha o estado em que se encontra a placa toponimica de homenagem a um dos escritores mais importantes da Cultura Portuguesa)

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