domingo, 5 de agosto de 2007

Av. Agostinho Neto


António Agostinho Neto
(Agostinho Neto)
Viria a ser o fundador da nação Angolana, nasceu na aldeia de Kaxicane, banhada pelas águas caudalosas do rio Kuanza, na região de Catete, a 60 km de Luanda, corria o ano de 1922.Filho de Agostinho Pedro Neto e de sua mulher, Maria da Silva Neto. O menino viria a chamar-se António Agostinho Neto, nome que não tardaria a andar nas bocas do mundo.
Preso pela PIDE pela primeira vez em 1951 quando reunia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz em Estocolmo. Em 9 de Fevereiro de 1955, passou dois anos e meio nos cárceres da polícia política portuguesa e depois na Cadeia do Aljube, no Porto, só sendo libertado em 12 de Junho de 1957.
Presidente Neto regressou à Luanda no dia 4 de Fevereiro de 1975, sendo alvo da mais grandiosa manifestação popular de que há memória em Angola. Dirige, pessoalmente, a partir desse momento toda a acção contra as múltiplas tentativas de impedir a independência de Angola, proclamando a Resistência Popular Generalizada.
A 11 de Novembro de 1975, após 14 anos de dura luta contra o colonialismo e o imperialismo, o Povo Angolano proclamou pela voz do Presidente Neto a independência Nacional, tendo sido nessa altura investido no cargo de Presidente da República Popular de Angola.
Mas foi sobretudo na poesia que Agostinho Neto virá a encontrar a expressão mais adequada para dar voz à sua indignação perante a injustiça e transmitir a "sagrada esperança" na vitória dos fracos sobre os fortes, dos humilhados e ofendidos sobre os orgulhosos e arrogantes detentores do poder colonial e imperialista, não apenas em Portugal mas no mundo inteiro.
Já doente, Agostinho Neto percorre o Moxico, Bié, Cuando-Cubango, Malange e Uíge, como que a despedir-se do país a que se consagrou. De uma das vezes em que dirige à população, dirá mesmo não haver homens insubstituíveis. A 10 de Setembro de 1979, morre numa mesa de operações do principal hospital de Moscovo.
Obra Poética:
Quatro Poemas de Agostinho Neto, 1957, Póvoa do Varzim,
Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império;
Sagrada Esperança, 1974, Lisboa, Sá da Costa
A Renúncia Impossível, 1982, Luanda, INALD (edição póstuma)

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